Anda para aí muito desencanto geracional. Não é para admirar. Atrevo-me a dizer que esse vírus contagiou tanto português que o habitual generation gap ficou encurtado até à dimensão de uma fresta. A pouca luz que passa pela pequena abertura banha com fracasso todos os lusitanos do território nacional.
O que é realmente digno de espanto são as celeumas com as nomenclaturas geracionais, a escolha de hinos e as discussões sobre o grau de literalidade dos poemas das canções que servem de suporte ao desencantamento nacional.
Mas todo esse desassossego pátrio não passa de um enorme passatempo domingueiro.
Tenho para mim que as palavras mais cruéis, porque mais mordazes, dirigidas à geração pós 25 de Abril saíram da boca de JP Simões. O álbum 1970 foi um verdadeiro vendaval musical que varreu meia dúzia de ipods ou discmans. Isto em 2007.
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