Este Mano a Mano é errado. Chega tarde, descomposto, e partiu 2 dentes da 1-2-3. Apresento esta semana dois álbuns que ligam tão bem como ovos e amendoins:
Tones On Tail - Pop (84') e Leftfield - Leftism (95').
O primeiro surge entalado entre Bauhaus e Love & Rockets, já desprovidos de Peter Murphy o trio continuou a desafiar géneros e etiquetas no que seria o primeiro e único álbum deste projecto de Daniel Ash. Tornaram-se então num dos produtos mais divergentes e efémeros do rock gótico e do post-punk. Guitarras estridentes, colagens dadaístas e atmosferas dub vindas de quatro cordas caracterizam este álbum.
O segundo, e uma década depois, é também o primeiro álbum da banda formada por Neil Barnes e Paul Daley, somando trabalhos que remontam já a 90'. Sem excepção a serem excepção, foram uma das bandas mais influentes da nova música de dança inglesa no início da década, sofrendo etiquetas como IDM, post-techno, este duo fez uma união única entre dub, techno e raeggae.
E o que sobra em comum para um Mano a Mano? Atmosferas escuras, guitarras e synths estridentes, baixos com pesadas influências de dub - e claro, um piscar de olhos à synthpop e à pista de dança nos principais singles de ambos os discos.
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