"Rue de La Glacière" / Maria Helena Viera Silva / 1954 caneta de feltro e guache sobre papel
Hoje foi o último dia para poder ver As Cidades de Vieira da Silva/Arpad Szennes. O Museu da Electricidade acolheu a exposição temporária, aberta ao público desde 3 de Dezembro do ano passado. Coube a José Manuel dos Santos escrever o texto que enquadrou a mostra. Sob o signo da troca, Santos sublinha
As cidades de Vieira são nervosas e rápidas. As de Arpad tornam-se calmas e lentas. Nas cidades de Arpad há a certeza que lhes dá dúvida. as cidades de Vieira fogem e as de Arpad regressam. As cidades dela são fruto do passado e as dele são o passado do futuro. As cidades de Vieira escrevem-se no espaço, porque o futuro, como sabem os arquitectos e os videntes, constrói-se em extensão. As cidades de Arpad inscrevem-se no tempo, porque o passado, como sabem os arqueólogos e os psicanalistas, desvenda-se em profundidade. É por isso que Vieria é a arquitecta-vidente das suas cidades e Arpad o arquéologo-psicanalista das cidades dele.
"Un jour de fête à Sienne " / Maria Helena Vieira / 1950 tinta e guache sobre papel
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